Embora o assunto “mentoria” esteja cada vez mais popular nos ecossistemas nacionais, ainda há dúvidas quanto ao papel do mentor de negócios e de startups. Isso se deve ao fato de ainda haver diversos conceitos em circulação na mídia e no discurso de profissionais que atuam com mentoria, principalmente no Brasil.

Gostaria de partir da premissa de que qualquer pessoa com alguma experiência pode ser um mentor. Relembro o artigo recentemente publicado no blog do Programa InovAtiva Brasil, “O Mentor Certo para o seu Problema“, que fala dos diversos perfis de mentores que um empreendedor pode procurar para ajudar a resolver seu problema. A perspectiva da mentoria é sempre o mais experiente orientar o caminhar do menos experiente. E isso pode simplesmente acontecer do mais velho para o mais novo, como também do mais novo para o mais velho, como acontece hoje no mundo dos games. Entretanto, neste artigo nós falamos da mentoria de negócios, ou seja, do mais velho, do mais experiente, do mais maduro colaborar com os iniciantes.

O Mentor de Negócios e de Startups é um profissional que acompanha todo ou uma parte do ciclo de vida de uma startup, um projeto ou negócio, apoiando o seu desenvolvimento, seja ele nascente ou em estágio avançado, com experiência, conhecimento e abrindo portas com sua rede de relacionamento. Atua em toda a esfera empresarial, da base ao topo da pirâmide, inclusive em empreendimentos/negócios sociais, de acordo com suas expertises, habilidades e o alcance de suas conexões e networking.

O Mentor de Negócios e de Startups é o profissional mais experiente que se dispõe a colaborar, do aspirante ao empresário, em uma espiral de desenvolvimento ou estágio organizacional. Ele exerce esses papéis de acordo com o grau de maturidade do mentorando e de acordo com as circunstâncias da mentoria em si.

Nesta perspectiva, abaixo, abordamos os quatro papéis fundamentais que cada mentor de negócios e de startups poderá lançar mão para cumprir sua missão, dadas as circunstâncias de cada mentoria:

Assim, em dado momento de uma mentoria, pode o mentor decidir dar uma aula sobre determinado conteúdo se ele percebe que essa carência pode afetar significativamente, e a curto prazo, a startup ou empresa.

Na Mentoria de Negócios e de Startups do InovAtiva Brasil já há uma lógica que favorece aos empreendedores, quando um mentor é designado para atender determinada startup. O matching já é pensado e realizado para que a sinergia entre um tipo de mentor e um tipo empreendedor/negócio viabilize a melhor interação, e que isso facilite o trabalho de validação do projeto de negócio.

Reconhecer esses papéis e empregá-los – no momento certo e para finalidade para a qual ele possa ser útil – é a diferença entre um bate papo sobre um projeto/modelo de negócio ou uma mentoria de negócio efetiva, e que leva a um bom termo para as partes.

No Programa de Metodologia-base para Mentores – PMBM, os participantes “mergulham” nesses papeis e treinam o exercício deles em sessões reais de mentoria, no Camp Training, visando alcançar o estado-da-arte dessa praxis, que promete transformar a mentoria de negócios e startups no ecossistema de inovação e empreendedorismo e também nas empresas de um modo geral.

Sobre os autores:

Paulo Salgueiro é Profissional Sênior em Processos, Gestão do Conhecimento e Inovação, Mentor de Negócios desde 2014, co-fundador da ABMEN e Diretor da INNASA RIO Incubadora

Eduardo Nogueira é Profissional de Marketing, Diretor da INNASA RIO Incubadora, atual Presidente da Associação Brasileira dos Mentores de Negócios – ABMEN e Mentor de Negócios desde 2012.

Para ler o artigo original, clique em Blog InovAtiva Brasil