Não existe um bom negócio sem uma boa gestão.
Qual o sonho de todo empresário?
Ter um negócio que venda o produto certo, para um público grande, com um preço adequado, contando com uma distribuição correta, em que o cliente busca o produto e compra sem objeções.
MUNDO IDEAL, NÃO É MESMO?
Mas, você mentor, sabe muito bem que o mundo business está longe de ver um negócio operando de forma tão estável assim.
A Internet, as novas tecnologias, o compromisso com a redução da emissão de gases de efeito estufa, o esgotamento de insumos industriais naturais e da água, levou o mundo ao chamado processo de “INOVAÇÃO”. Uma das consequências deste novo cenário de escassez e de disponibilidades, foram as modificações nas legislações mundiais exortando os negócios a se tornarem sustentáveis. Uma outra, é que à medida que os resultados das pesquisas científicas saíram dos laboratórios (públicos e privados) e chegaram para os empreendedores, novas e transformadoras ideias começaram a aparecer no mundo dos negócios (criação).
Mas o que move a inovação?
De acordo com Philip Drucker é o transformar ideias inovadoras em ações lucrativas, já que os empreendedores vêm nas mudanças as oportunidades de negócio. Isto explica por que todos os dias lemos notícias de que um negócio trouxe um novo produto que resolve o mesmo problema real e existente (uma dor do mercado) mas de uma maneira muito mais rápida, simples e econômica. A substituição de produtos baseados em soluções antigas, nos leva à parada ou destruição de produtos até então comercializáveis.
Por exemplo, hoje já é possível pesar um animal pela sua fotografia, ou fazer uma análise de solo nas fazendas usando um aplicativo instalado em um aparelho celular.
Do ponto de vista global (e seguindo nesta espiral virtuosa), a consequência foi vermos a competição crescer e sair da esfera da disputa das empresas pelos de mercados para se tornar uma disputa entre países pela hegemonia mundial. E fez os desafios da boa gestão crescerem.
Em um mundo de constantes mudanças, a administração de um negócio tomou um outro “mote” quanto ao se pensar no funcionamento de uma empresa. Ressignificam-se conceitos de gestão, dado que o planejamento de longo prazo não lida mais com decisões futuras, mas com o futuro das decisões presentes (Drucker). Um exemplo disto (talvez o primeiro setor a entender os efeitos desta mudança) está na atividade de desenvolvimento de software e aplicativos, aqui genericamente chamada de TI (Tecnologia da Informação).
Até “o mundo mudar”, o sistema de planejamento de projetos “WF (Warter Fall)” atuava com tudo o que envolvia um projeto – do início ao fim – com antecedência e executado até o seu término, resistindo a aceitar mudanças.
Hoje com a técnica de planejamento AGILE / SCRUM um projeto é concebido integralmente, mas implementado conforme se caminha contando com a participação do cliente que tem total liberdade de solicitar mudanças para atender o seu negócio. Com este processo mais assertivo, se trabalha para que a entrega final seja exatamente como ele imaginou.
É neste contexto que nascem e se incluem as startups. Sistematicamente oferecendo soluções que modificam o negócio de quem compra, a forma de atuar do seu cliente (uma pessoa ou processo da empresa) e a cultura das pessoas/empresas. Passamos a viver um novo momento global onde somente uma coisa é constante: a mudança!
Continuando nesta visão, a modificação de um negócio acontece quando um idealizador desenvolve a percepção de que a compra de uma tecnologia ou solução é algo em que se “vale a pena investir” para o negócio resolver um problema, melhorar o custo, aumentar a competitividade ou inovar o seu negócio.
Mas e para o gestor? O que significa levar um negócio, uma empresa, a adotar uma nova tecnologia, introduzir uma inovação?
Mudar não é um fato novo… a gestão de mudanças sempre existiu, a diferença agora é a velocidade com que ela acontece e as dificuldades trazidas pela falta de uma visão clara de futuro. Para o gestor empresarial o desafio da inovação é enorme, pois – em regra – muda a forma de operar do negócio, por afetar faturamentos, processos, pessoas, rotinas, relacionamentos ou procedimentos que estavam (bem ou mal) em regime, sob controle, operacionais, produtivos e controlados.
Fazer mudanças em uma organização produzindo e entregando é complexa porque envolve toda a empresa e todos os seus ativos, sejam, eles os chamados ativos tangíveis, como produto e capital, quanto intangíveis, como cultura e qualidade. Mudanças afetam gestores de todos os tipos de organização sejam elas de pequeno, médio ou de grandes negócios.
Philip Kothler pesquisou os desafios dos gestores frente aos seus negócios e os relacionou em uma série de temas e questões. O resultado da pesquisa nos permite concluir de que “não existe um bom negócio sem uma boa gestão”.
1- No instante que seja necessário algo novo, não seria necessário parar de fazer algo velho?
2- Na tomada de decisões é preferível confiar na subjetividade ou em números frios, ou seria melhor entender com exatidão o que vem dando certo e errado no negócio?
3- Para enxergar oportunidades de negócio, não seria melhor estar mais próximo do ecossistema do seu negócio conversando com os seus parceiros comerciais?
4- No turbilhão que está o ambiente de negócios faz sentido estar próximo, se preocupar com as dores dos clientes para transformá-las em oportunidades?
5- Deve-se estar atento e trabalhar para o alinhamento das oportunidades com os objetivos do negócio?
6- Faria sentido educar permanente clientes sobre as suas soluções e conhecimentos para, ao entender em profundidade como a sua solução funciona e o que resolve, deles obter oportunidades, fazê-los perceber que você tem as soluções para ele?
Agora e mais do que nunca, não existe um bom negócio sem uma boa gestão.
Diferentemente dos negócio em andamento, nas startups e seus empreendedores, as ideias já nascem neste contexto fazendo assim as lacunas de conhecimento (GAPs) serem diferentes. O que torna a gestão de uma startup e seu negócio desafiador é o fato de que os idealizadores nascem aprendendo a trabalhar na validação de hipóteses (seja de produto ou modelo de negócio), não em estratégia, administração e gestão e, ainda mais longe, negócios.
Eu avalio que este GAP é um dos grandes fatores da alta taxa de mortalidade para startups nos seus primeiros 3 anos de operação.
Um problema – uma oportunidade
O quadro de alta mortalidade cria um leque de oportunidades enorme (principalmente para os mentores de negócio com método), por envolver todo e qualquer tipo de empresa, seja um negócio de família ou uma multinacional.
Uma das razões é que nem todo idealizador de uma startup deseja se tornar gestor de negócios. Muitos preferem continuar como pesquisadores, idealizadores até por razões de seu perfil psicológico e comportamental. Outra razão é que negócios não se ensina, mas se aprende fazendo.
Começando por trabalhar a sensibilização da equipe para a importância da gestão de negócios, o mentor de negócios socraticamente deverá provocar o time da startup para a necessidade de diferentes tipos de gestão. À medida que se implementa uma estratégia, o gestor do negócio precisa acompanhar os resultados e monitorar os novos acontecimentos nos ambientes interno e externo. Isto é totalmente novo para o empreendedor.
Não é por outra razão que apesar do amplo desenvolvimento da gestão no âmbito acadêmico, alguns obstáculos ainda impedem muitas empresas, principalmente pequenas e médias, de realizarem gestão. Quando o empresário pensa apenas em girar sua operação, sem considerar as relações de causa-efeito das suas escolhas, ou não conseguir analisar as razões de um problema pela visão transversal, multidisciplinar ou holístico, a estratégia por trás de seu modelo de negócio corre o risco de não ter controle sobre o caminho que o empreendimento está seguindo. Sem controle do processo, tal qual nos deparamos diante da situação de reformar uma casa, o processo leva mais tempo, custa mais caro e nada garante que será concluído a contento.
Com tudo isto para se preocupar e fazer, é frequente ouvirmos a frase “não tenho tempo”. De fato, tempo é o insumo mais escasso de alguém empreendendo. Mas ao analisarmos a sua agenda vamos encontrar ações de “apagar incêndio”. O seu dia a dia vira um caos por sempre ter uma ação urgente para ser feita, isto acaba se tornando a prioridade e a geração de valor do negócio acaba sendo deixada de lado. A falta de um mínimo de planejamento e fazer o que é importante no prazo certo, antes que ele se torne urgente (ainda que haja fatores externos interferindo na situação), potencializa o desenvolvimento de problemas decorrentes da operação que se torna complicada, inclusive com riscos financeiros e jurídicos. O profissional realmente fica sem tempo!
Planejar é essencial, até para se poder gerir. Alguns textos da literatura tradicional, por exemplo, propõem ter minimamente os papéis do planejamento da gestão financeira, de marketing, logística, de pessoas e de processos para todos os negócios.
Já a metodologia GAIDITS certificada pela ABMEN para trabalhar startups (e negócios tradicionais) guia o empreendedor a desenvolver o seu negócio de uma forma estruturada, dentro de uma filosofia SCRUM trabalhando 6 eixos de conhecimento (metodologia CERNE da AMPROTEC: Pessoas, Produto, Capital, Tecnologia, Gestão e a trazida pela GAIDITS, o eixo dos Stakeholders (mercado). Por consequência dada a sua concepção, a mentoria com método, irá auxiliar o planejamento e administração da agenda (caótica) do empreendedor para que tenha tempo disponível para cuidar do seu negócio.
Na atualidade a gestão precisa ser pensada especialmente para o mundo volátil, incerto, complexo e ambíguo trazidas pelas tecnologias disruptivas como a internet, algoritmos e, mais recentemente a Inteligência Artificial. Nunca foi tão importante o líder conseguir, de forma mais ampla, o engajamento de pessoas, envolvimento de diferentes níveis do time da organização e um processo contínuo de diálogo, diagnóstico, planejamento, execução e controle.
Este novo cenário exige, traz novas discussões sobre a gestão e o papel das lideranças no desenvolvimento das companhias e seus indivíduos, pois
só existe um bom negócio com uma boa gestão.
Da internet tiramos (https://blog.ipog.edu.br/gestao-e-negocios/gestao-empresarial/)
“A gestão empresarial é um processo fundamentado em planejamento e estratégias que visam alcançar melhores resultados para o negócio. organização, planejamentos e metas
Para o bom andamento do seu planejamento estratégico, é necessário que as metas sejam tangíveis. Trabalhe com a realidade, não especule demais, pense nas coisas que estão funcionando e nas que não. Defina as prioridades e foque naquilo que pode “condenar” o seu negócio
São Paulo 18 de outubro de 2023